Augusto Pinto Boal (1931-2009) foi diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta brasileiro e uma das mais importantes figuras do teatro contemporâneo internacional. Fundou o Teatro do Oprimido, que associa o teatro à ação social. Suas técnicas e práticas espalharam-se pelo mundo afora, rapidamente, em apenas trêsdécadas (as últimas do século XX). Seus conceitos e teorias foram e vem sendo largamente empregadas não só por aqueles que entendem o teatro como instrumento de emancipação política, mas também nas áreas de educação, saúde mental e no sistema prisional.
Nas palavras de Boal:
O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores - porque atuam - e espectadores - porque observam. Somos todos 'espect-atores'. [1]
O dramaturgo ficou conhecido não só por sua participação no Teatro de Arena da cidade de São Paulo (1956 a 1970), mas sobretudo por suas teses do Teatro do oprimido, inspiradas nas propostas do educador Paulo Freire.
TEATRO DEL OPRIMIDO ALBA EDITORIAL, 2009 |
Sua obra escrita é expressiva e corresponde a leitura obrigatoria por parte daqueles que tem interesse pelo teatro, tanto que as concepções de Boal são estudadas nas principais escolas de teatro do mundo. Seus 22 livros foram publicados e traduzidos em mais de vinte línguas.
JUEGOS PARA ACTORES Y NO ACTORES: TEATRO DEL OPRIMIDO ALBA EDITORIAL , 2004 |
Apesar de existirem milhares grupos e centros de estudos sobre o Teatro do Oprimido no mundo (são mais de 50 países nos cinco continentes), apenas o Centro de Teatro do Oprimido (CTO) do Rio de Janeiro é reconhecido como o ponto de referência mundial da metodologia do Boal, sendo localizado na Avenida Mem de Sá nº 31, bairro da Lapa, Rio de Janeiro - RJ- Brasil.
O Centro de Teatro do Oprimido (CTO) foi fundado em 1986 e dirigido por Boal até o seu falecimento, em maio de 2009.
Conheça sua obra:
- Arena conta Tiradentes. São Paulo: Sagarana,1967.
- Crônicas de Nuestra América. São Paulo: Codecri, 1973.
- Técnicas Latino-Americanas de teatro popular: uma revolução copernicana ao contrário. São Paulo: Hucitec, 1975.
- Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 1975.
- Jane Spitfire. Rio de Janeiro: Codecri,1977.
- Murro em Ponta de Faca. São Paulo: Hucitec, 1978.
- Milagre no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
- Stop: ces’t magique. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.
- Teatro de Augusto Boal. vol.1. São Paulo: Hucitec,1986.
- Teatro de Augusto Boal. vol.2. São Paulo: Hucitec,1986.
- O Corsário do Rei. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986.
- O arco-íris do desejo: método Boal de teatro e terapia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1990.
- O Suicida com Medo da Morte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1992
- Teatro legislativo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.
- Aqui Ninguém é Burro! Rio de Janeiro: Revan, 1996
- Jogos para atores e não-atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
- Hamlet e o filho do padeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira – 2000
- O teatro como arte marcial. Rio de Janeiro: Garamond, 2003.
- "A Estética do Oprimido". Rio de Janeiro, 2009, numa parceria entre a Funarte, o Ministério da Cultura e a Editora Garamond.
Fonte: wikipedia
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